Curiosidades

Tudo Igual

O que seria do branco se todos gostassem do preto? Sabe aquele velho dito popular? Então, ele não se aplica muito para quem vive em Malta. Pelo menos, não, no quesito moradia. Explicação: aqui, por determinação do governo, todas as propriedades seguem o mesmo padrão de construção (com os mesmos materiais) e cores.
Pode parecer falta de criatividade, pensamento retrógrado, autoritarismo, mas não é. O governo maltês optou por não "diversificar" as construções e as cores das casas por uma questão de preservação de identidade.


Mesmo assim, quem quiser "variar" pode enviar uma solicitação ao governo. O pedido deve estar acompanhado de uma explicação plausível para que a cor - somente, e não o padrão de construção - destoe.
Há casos em que os moradores mais "anarquistas" mudaram as cores e um ou outro detalhe de construção por conta própria, sem autorização ou comunicação prévia. Quando isso acontece, o governo acaba por ficar sabendo (lembre-se, Malta é uma ilha bem pequenininha se levarmos em conta as dimensões continentais do Brasil).
O que ocorre é que o morador recebe uma notificação para deixar o imóvel dentro dos padrões arquitetônicos. Se não o fizer em prazo hábil, ele corre o risco de ter de fazer à revelia e pior, tendo de pagar uma multa.
Em Valletta, a capital, os pedidos de mudança são - em sua maioria - negados. Lá, o cuidado do governo é redobrado porque a cidade ganhou, em 2008, o título de patrimônio cultural da humanidade, cedido pela Unesco - Organização das Nações Unidas para a Educação. Desde então, o país vem se esforçando para a preservação.




Igual ao Brasil

Andar pelas ruas de Malta é algo fascinante. Seja pelo estilo das construções - que seguem o mesmo padrão e a mesma cor -, seja pela edução dos motoristas. Sim, apesar de haver um caos estabelecido nas ruas, há organização. Chega a ser um contrasenso haver organização na desorganização, mas é assim pelas bandas de cá.
Para quem vem pela primeira vez ao país, em qualquer parte dele, chega a assustar o fato de quase - eu disse quase - não haver semáforos. Diferentemente da maioria dos países europeus, Malta "optou", vamos assim dizer, por não ter muitos semáforos (sinaleiras, traffic lights, or whatever) para orientar os motoristas no trânsito.


A impressão que se tem é que alguém vai bater em alguém e alguém vai ser atropelado a qualquer momento. Mas, surpreendentemente, não é isso o que acontece. Basta colocar os pés na faixa de pedestres para atravessar uma rua em segurança. Pode confiar. Aqui, se você colocar os pés na faixa - e não fora dela -, todos os veículos param na hora, a que velocidade estiveram e independentemente da cor que o semáforo esteja exigindo.
Os malteses são, nesse quesito, educadíssimos. A prioridade é sempre do pedestre em qualquer situação. Essa regra vale para motos, automóveis, ônibus, caminhões, qualquer coisa que se mova consumindo combustível.
Alguns dos motoristas, visualizando a intenção dos pedestres em atravessar um determinado trecho de rodovia, chegam a parar antecipadamente. Para "avisar" o pedestre, eles fazem sinais com as mãos ou com a cabeça. Da mesma maneira que os motoristas no Brasil, ou "sqn" (só que não, na gíria mais "pop" do momento).
Fazendo justiça, é preciso reconhecer que atitudes como estas ocorrem no nosso país em alguns estados, apenas e somente. Brasília é sempre citada como referência no respeito à faixa de pedestres e aos sinais de trânsito.

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